segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Respiro amor e poesia...

não pedimos ao amor a realização de alguma promessa futura, nem esperamos dele o absoluto, a felicidade ou o repouso, mas apenas um instante de vida plena, na qual os contrários - vida e morte, tempo e eternidade - estejam reconciliados...E. Jardim

Para o mexicano Octavio Paz, a poesia é a forma de comunhão com o mundo...através de um mergulho na experiência sensível da poesia e do amor, o homem se libertaria de sua solidão e transcenderia a sua experiência individual...ao contrário da poesia idealizada, ou do sentimento pragmático, para este amante da palavra, a experiência poética e amorosa seria a única forma de viver o presente e a liberdade. Para ele o amor une a vida e a morte, o tempo e a eternidade em um sentimento pleno de comunhão...o amor é como o ar, necessário a vida, e a poesia sua expressão...

Eu me pergunto, existe alguma dimensão da vida que seja possível sem a poesia e sem o amor...?

Adorei ler Octavio Paz e sobre Octavio Paz...é um dos poucos autores que encontrei que fala da vida vivida, de forma inteira, sincera e apaixonada, penetrando seus mistérios com o coração e traduzindo-os pelas palavras, ele fala de algo que sempre me inquietou e que vivo com desejo de perguntar às pessoas...é possível vida sem amor e poesia? para Paz não...ainda bem...

Quando falo em amor, falo novamente do amor à vida, do amor integral, pleno, da comunhão apaixonada com as coisas, desse amor que nos imbui do presente, que nos preenche a alma e faz com que queiramos viver mais e mais pelo simples fato de que amor e vida são poesia...e são Vida!

Para mim, o amor tem várias dimensões, faces diferentes de um espelho multifacetado...onde nos vemos e vemos o outro...nenhuma dimensão da vida que se quer Vida deve tentar escapar das artimanhas do amor...é, acho que sou romântica mesmo...uma moça romântica do século XIX...por  acreditar na experiência do amor e da poesia...porque nenhuma Vida existe sem amor...

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